
Buenos Aires, julho de 2007
Flanando entre los porteños...
Na Recoleta, olho para o céu; em San Telmo é uma árvore antropo (zôo)mórfica que captura minha atenção, vitrines, reflexos, espelhos.
Ser gaúcha, pertencer a um espaço que não se identifica com a maneira brasileira de ser, tampouco Argentina - instantâneos de reflexão, enquadramentos fotográficos. Em que direção aponta meu olhar, minha sensibilidade? “O rio me arrebata e eu sou esse rio”, escreve Borges.
Algumas frases vem para mim entre o português e o espanhol – era assim que percebia a língua – reminiscências do dialeto de um não-lugar. Na fronteira entre Brasil e Argentina, distante dali, há um sentido comum de pertença, a paisagem e a melancolia.
Ao consolidar esse trabalho, meses depois da viagem, me deparei relendo contos e poemas de Borges, associando situações que encontrei em Buenos Aires às Instrucciones para subir una escalera, de Cortazar. Aos excertos de Borges e Cortazar, acrescento reflexões próprias, iluminación, intertextualidades. Imagem e texto convergem.
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